Textos em português e esperanto. Tekstoj en la portugala kaj en Esperanto.

Obrigada por sua visita! Dankon pro via vizito!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Correntes _ Ĉenoj





Correntes

Há quem ousa
sequestrar o tempo,
o espaço, a alegria,
a lágrima alheia...

Todavia ninguém
pode acorrentar
um pensamento
a correr sem medo
pelos pastos do sonho.


Ĉenoj

Estas tiuj, kiuj aŭdacas
forrabi tempon, spacon, ĝojon,
larmojn alies...

Neniu tamen kateni povas
sentiman kurantan penson
tra l'paŝtejoj de l' sonĝo.

Maria Nazaré Laroca 
Juiz de Fora, 20/02/2016

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Profecia _ Profetaĵo

Profecia

Quais Dédalos insensatos,
erigimos labirintos
para distrair os Minotauros,
comensais da vida
que escolhemos.

Mas empresta-nos o tempo
a vontade de Teseu
para vencer as sombras.

Não se engana o Oráculo:
o fio de Ariadne só é dado
a quem já conhece o Amor.


 Profetaĵo

Kiel malsaĝaj Dedaloj,
ni starigas labirintojn
por distri  Minotaŭrojn,
kunmanĝantojn de l’ vivo
elektita de ni.

Sed la volon de Tezeo
venki la ombrojn
al ni tempo pruntedonas.

Ne trompiĝas l’ Orakolo:
la fadeno de Ariadno
estas nur donata al tiu,
kiu amon jam konas.

Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 14/02/2016.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Aviso _ Averto





Aviso

Não mais a planície
da imobilidade!
É preciso seguir
o conselho dos anjos:
fugir para o monte
sem olhar para trás.

Averto

Tute ne plu
la senmoveco
de l’ ebenaĵo!
Necesas obei
l’averton de l’anĝeloj:
forkuri al la monto
sen rigardi
malantaŭen.

Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 09/02/2016.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Mimo


                                                                          Para Dirce Sales
Diz que um anjo
Disse assim:
Dir-se-ia
Dir-se-á!

Dir-se-ia
Dirce há:
Dirce lírica!

Menininha:
Miosótis
Nos cachinhos
Dos cabelos.

Rouxinol
Escondido
Na garganta.

Blusa de renda
Saia de organza
E tafetá.
                                                                
Maria Nazaré Laroca
Juiz de Fora, 01 /02/2016.
(Do livro Travessia do poema. FUNALFA: Juiz de Fora/Pontes: Campinas, 2012.)